sexta-feira, 24 de agosto de 2007

São seis da manhã e desde as duas que tento adormecer.
Pensei que hoje seria fácil... o meu corpo cansado ansiava pela cama mas a minha mente parecia disposta a torturá-lo.
Há muito tempo que não me invadias os pensamentos. Esta noite caíste como uma bomba, és a insónia que me percorre as veias.
Estava já deitada na cama e prestes a adormecer quando o rádio no fundo do quarto passou "aquela" música e eu despertei como se me tivessem injectado uma dose de adrenalina.
Agora estou aqui a abraçar esta escuridão inquieta.
O meu corpo parece estar a ressacar. Dorido, suado e a dar voltas e voltas na cama. Ressaca sim, de ti!
Há anos que não enterras o nariz nos meu cabelos enquanto adormecemos. Quem diria que um dia irias deixar de me amar.
Nesse dia saíste da minha casa e levaste todo o "nós" que alguma vez existiu e durante um mês fiz pouco mais do que reler as tuas cartas, adormecer agarrada á tua foto e cheirar as roupas que deixaste no roupeiro.
Cliché, não é? Eu sei... e também sei o quanto odeias clichés.
Ao fim de um mês ergui a cabeça e segui em frente. O luto estava feito.
Agora não és mais do que uma parte de mim que morreu...

Nenhum comentário: